quarta-feira, 21 de março de 2012

Para que serve o poeta?

Para que serve o poeta afinal?
Para que serve a orquídea?
A cachoeira?
A brisa que vem do mar?
Para que serve afinal o peixe ornamental?
O gato? O cachorro?

São todos inúteis,
improdutivos,
difíceis de preservar.

Mas quem abre mão deles?
Quem prescinde da beleza?
Quem desdenha uma emoção?

Peraltices literárias estão na categoria
das coisas inúteis
absolutamente necessárias.

AC - Sampa (no metrô) 22/12/2007

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