quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Poema no metrô

Tomo o metrô, a poesia ao meu lado
fazendo a viagem sem pagar passagem.
Noto que anda meio calada.
Sempre foi de pouca prosa, a minha poesia.
Me faz companhia quase sem falar
e eu, seu porta-voz, fico sem assunto.
Difícil resistir a dizer, em nome dela,
coisas que não disse, por temor de que se fosse.
Mas sei que o seu silêncio nunca foi vazio.
Calo-me e sorrio.

Alberto Centurião
Sampa 25/07/2003

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