segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
pressentimento
ideias idas voltam à mente
o sol poente volta ao nascente
o ano passado está presente
no ano que se pressente.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Giuseppe Ungaretti - Um poema, três leituras
Si carcera la notte
In turbinante vuota dismisura,
Da quella solitudine di stella
A quella solitudine di stella.
(Giuseppe Ungaretti)
Entre essa e aquela estrela
Um espaço em branco
Onde a noite é mais preta
Imenso infinito desmedido vácuo
De uma estrela solitária
À solidão de outra estrela
(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de Roberto Prado http://robertoprado.blogspot.com/)
Daquela estrela
Até a outra
Se estende cativa a noite
No excessivo vazio
Vertiginoso vazio
Da solidão que se mede
Daquela estrela
Até a outra
(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de San http://nervosa-san.blogspot.com/)
De estrelas cercada
A noite aprisionada
No turbilhão do nada
De uma estrela só
A outra estrela só
Mais nada?
(Giuseppe Ungaretti - versão brasileira de Alberto Centurião)
Sexta-feira, Agosto 13, 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
A traça do tempo
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
never more
domingo, 19 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
palavras amigas
terça-feira, 14 de setembro de 2010
o encontro e a espera
sábado, 11 de setembro de 2010
11/09
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
berço
brasil
ardendo na noite
Brasil
luzindo nas trevas
Brasil me abrasa
e à luz deste braseiro
(e à luz deste Cruzeiro)
eu sou
(pau-brasil)
brasileiro
(AC, de "- Livrinho!", 1986)
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Desacato à autoridade
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
condicional
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
dádiva da vida
domingo, 29 de agosto de 2010
Ah, a vida
sábado, 28 de agosto de 2010
A Ação Sem Agitação
O Viver Para Os Outros
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Os 4 Teatrantes
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
tempesta
domingo, 22 de agosto de 2010
minha dileta poesia
Apreciando o panorama
sábado, 21 de agosto de 2010
Adeus
despedida faz lembrar
do dia em que foi meu pai
AC, Sampa, 21/08/2010
Em memória de Chico Cuberos Neto
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
todo dia
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
entre quem sabe e quem não
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Viverdejar
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Loas ao gato
Um gatinho deitado no meu colo, com a cabeça apoiada em meu braço é a sensação mais próxima de paraíso que minhalma consegue alcançar. Sentir sua respiração ao compasso do lento pulsar da barriga é pressentir Deus como veio ao mundo, sentir em estado puro. O gato é a obra prima da criação, o animal em estado de perfeição. Tudo mais que vive foi tentativa de fazer o gato, menos bem sucedida. O reino animal é o rascunho do gato.
Tudo bem que o ser humano tem o raciocínio contínuo e se confunde com isso e escreve discursos inteiros sobre o que pensa que sente, mas quem consegue sentir como um gato? Quem consegue abraçar como um gato? Aconchegar-se como um? Quem sabe ser tão solidário, podendo ser solitário? Quem é capaz de ser feliz com um afago? Quem consegue prescindir de um, como o gato?
Domingo sem tédio, sono total em qualquer cama de pedra, tudo isso sem falar na sua elegância natural, seu à-vontade no mundo, coisa de dominante da cadeia alimentar. Que o gato é a mais perfeita máquina de guerra jamais construída, por isso sabe viver em paz. E a beleza do gato, que gato feio não existe, quem pode se comparar? Quando o homem tentou viver sem gatos não deu certo, porque veio a peste negra e depois dela outras pestes. Os gatos vivem sem os homens, e muito bem, se quiserem, mas gostam de nós e por isso fazem uma concessão e nos felicitam com a sua companhia. Dádiva generosa da mãe natureza, modelo de perfeição colocado ao nosso lado para que nós, seres tão sem jeito e desengonçados, tenhamos um modelo a imitar, com quem aprender para sabermos melhor quem ainda queremos ser.
Alberto Centurião - Sampa, 22/10/2007
segunda-feira, 21 de junho de 2010
errático
errando