Ademilde foi no mesmo vapor
vai ter choro
na travessia do Millôr
(AC,28/03/2012)
quarta-feira, 28 de março de 2012
terça-feira, 27 de março de 2012
Nosso Logo
Hoje o Boboletra ganha nova logomarca, criada pelo queridíssimo designer/pintor/filósofo/poeta Mario Michio Minowa, com palpites e sugestões de diversos amigos do grupo "Poesia: "Meus [nossos] caros amigos", do Facebook.
A todos eles - Mário Joanoni, Sandra Adriana Rasia Fasolo, Rhangel Ribeiro,Eduardo Cabral, Lota Moncada, Maria Estêvão Pereira e Franco Rovedo, entre outros, mas muy especialmente ao MMM, o meu agradecimento - agradecidíssimo! - pelo carinho e gerenosa doação criativa.
A todos eles - Mário Joanoni, Sandra Adriana Rasia Fasolo, Rhangel Ribeiro,Eduardo Cabral, Lota Moncada, Maria Estêvão Pereira e Franco Rovedo, entre outros, mas muy especialmente ao MMM, o meu agradecimento - agradecidíssimo! - pelo carinho e gerenosa doação criativa.
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domingo, 25 de março de 2012
Patchwork Social
A gente pequena da cidade grande sonha sonhos pequenos de gente pequena, que deseja coisa pouca para suprir suas grandes fomes.
A vida pequena dessa gente pequena transcorre sem grandes acontecimentos. Até suas grandes dores parecem pequenas, seus grandes esforços alcançam pequenos resultados.
Seus grandes amores são tão comezinhos que nem parecem amores, parecem cuidados. Porque eles se dão nas pequenas coisas. Pequenos presentes, pequenos favores, opiniões irrelevantes, sobre assuntos triviais.
Vivências pequenas, de alcance reduzido. Bem e mal em modestas porções.
Na grande escola aprendem pequenas lições e de pouco em pouco, pedaço a pedaço, costuram essa colcha de retalhos do berço esplêndido que fala o hino, em que nos entranhamos todos, recortados e remendados, rejuntados uns aos outros, anônimos ladrilhos desse painel monumental da cidade grande.
AC - Sampa, 13/09/2007
A vida pequena dessa gente pequena transcorre sem grandes acontecimentos. Até suas grandes dores parecem pequenas, seus grandes esforços alcançam pequenos resultados.
Seus grandes amores são tão comezinhos que nem parecem amores, parecem cuidados. Porque eles se dão nas pequenas coisas. Pequenos presentes, pequenos favores, opiniões irrelevantes, sobre assuntos triviais.
Vivências pequenas, de alcance reduzido. Bem e mal em modestas porções.
Na grande escola aprendem pequenas lições e de pouco em pouco, pedaço a pedaço, costuram essa colcha de retalhos do berço esplêndido que fala o hino, em que nos entranhamos todos, recortados e remendados, rejuntados uns aos outros, anônimos ladrilhos desse painel monumental da cidade grande.
AC - Sampa, 13/09/2007
quarta-feira, 21 de março de 2012
Para que serve o poeta?
Para que serve o poeta afinal?
Para que serve a orquídea?
A cachoeira?
A brisa que vem do mar?
Para que serve afinal o peixe ornamental?
O gato? O cachorro?
São todos inúteis,
improdutivos,
difíceis de preservar.
Mas quem abre mão deles?
Quem prescinde da beleza?
Quem desdenha uma emoção?
Peraltices literárias estão na categoria
das coisas inúteis
absolutamente necessárias.
AC - Sampa (no metrô) 22/12/2007
Para que serve a orquídea?
A cachoeira?
A brisa que vem do mar?
Para que serve afinal o peixe ornamental?
O gato? O cachorro?
São todos inúteis,
improdutivos,
difíceis de preservar.
Mas quem abre mão deles?
Quem prescinde da beleza?
Quem desdenha uma emoção?
Peraltices literárias estão na categoria
das coisas inúteis
absolutamente necessárias.
AC - Sampa (no metrô) 22/12/2007
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sábado, 17 de março de 2012
A Fresta
Feito porta que se abre. Depois de um tempo fechada, abre-se, agora destravada.
Parcimoniosamente, com rangidos moderados e média luz doutro lado. Sem lances apoteóticos, porta simples, porta de passagem, porta estreita.
Estaco ante esta porta agora entreaberta, que antes eu esmurrava. Meu ombro já se magoou tentando em vão arrombá-la. Agora é a porta que me olha, convida e faz mistério.
Se momentaneamente fico sem ação, arrisco que se feche novamente. Porque pretenderia eu mais espaço que o que serve a meu corpo de passagem?
Ocultando seus segredos neste mínimo entreabrir-se, faz-me a porta o seu convite a fazer a descoberta no exercício de transpô-la.
Provoca medo tal ato de convite ou desacato.
Estaco, estou ante a porta. Não tenho tempo, de fato.
Decido e faço, no ato.
AC - Sampa, 1997.
Parcimoniosamente, com rangidos moderados e média luz doutro lado. Sem lances apoteóticos, porta simples, porta de passagem, porta estreita.
Estaco ante esta porta agora entreaberta, que antes eu esmurrava. Meu ombro já se magoou tentando em vão arrombá-la. Agora é a porta que me olha, convida e faz mistério.
Se momentaneamente fico sem ação, arrisco que se feche novamente. Porque pretenderia eu mais espaço que o que serve a meu corpo de passagem?
Ocultando seus segredos neste mínimo entreabrir-se, faz-me a porta o seu convite a fazer a descoberta no exercício de transpô-la.
Provoca medo tal ato de convite ou desacato.
Estaco, estou ante a porta. Não tenho tempo, de fato.
Decido e faço, no ato.
AC - Sampa, 1997.
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Porta
terça-feira, 13 de março de 2012
convites
um papel
com vida
convida
ao poema
um papel
com poema
à vida
convida
(In "- Livrinho! - 1986)
com vida
convida
ao poema
um papel
com poema
à vida
convida
(In "- Livrinho! - 1986)
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sexta-feira, 9 de março de 2012
ordesordem
caos acaso
causa coisas
tudo nada tudo
nada muda nada
mundo surdo mundo
tudo muda tudo mudo
eu mudo indo
AC - Sampa, 04/03/2012
causa coisas
tudo nada tudo
nada muda nada
mundo surdo mundo
tudo muda tudo mudo
eu mudo indo
AC - Sampa, 04/03/2012
segunda-feira, 5 de março de 2012
o poeta aprisionado em branco
voando em asas de papel
AC (do "- Livrinho!) - 1986
voando em asas de papel
AC (do "- Livrinho!) - 1986
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