quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

anatomia do poeta

fronte altiva por mais que desgraçada
olhar torcido por realidades paralelas
pernas sobre firmes princípios
sexo ardente faz arder a moral
coluna que não se dobra mesmo quando rasteja
ventre insaciável guarda a fome do mundo
pulmões aspiram sonhos
coração pulsa paixão
na garganta mora uma canção
faro para o futuro
tato para a dor própria e alheia
ouvidos de ouvir musas e sereias
cérebro desregulado pensa diferente
sem falar num certo jeito de dizer
o que mais ninguém diria
com beleza e valentia

AC - Sampa 17/01/2008

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