O trem entra na gare
molhado atrás, seco na frente
Chuva lá fora
Já molhou quem chega
espera quem vai embora
Chuva cruel
Enche de goteiras
a casa de aluguel
Chuvinha leve
Traz doença grave
pra vidinha breve
Chuva inconstante
Se aqui já não pinga,
respinga mais adiante
Chuvinha à toa
Minh’alma chora a cântaros
meu coração garoa
Chuva benfazeja
Meu peito é uma torrente
meu olho só goteja
Chuva sertaneja
A planta morre seca
e a nuvem lacrimeja
Alberto Centurião
Sampa, 12/02/2005
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