segunda-feira, 7 de julho de 2008

Chuva

Chuva de repente
O trem entra na gare
molhado atrás, seco na frente

Chuva lá fora
Já molhou quem chega
espera quem vai embora

Chuva cruel
Enche de goteiras
a casa de aluguel

Chuvinha leve
Traz doença grave
pra vidinha breve

Chuva inconstante
Se aqui já não pinga,
respinga mais adiante

Chuvinha à toa
Minh’alma chora a cântaros
meu coração garoa

Chuva benfazeja
Meu peito é uma torrente
meu olho só goteja

Chuva sertaneja
A planta morre seca
e a nuvem lacrimeja

Alberto Centurião
Sampa, 12/02/2005

Nenhum comentário:

Postar um comentário